Template de Servidor Debian GNU/Linux

De ISPUP!
Revisão de 04h12min de 22 de janeiro de 2023 por Gondim (discussão | contribs)
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Introdução

Certa vez ouvi de um amigo, que todo bom sysadmin é preguiçoso e existe uma certa verdade nisso. Sempre que existe uma tarefa ou processo que se repete inúmeras vezes, tratamos de criar ferramentas para automatizar essas tarefas. Existem diversas ferramentas para automatizar nossa vida com por exemplo o Ansible e containers personalizados em Docker. Enfim, cabe aqui o conhecimento e a criatividade de cada profissional para resolver os problemas e agilizar os processos, mas temos que ter sempre a qualidade e segurança em mente.

Configurar um ou mais serviços de Redes em um servidor pode ser rápido mas às vezes muitos sysadmins pecam em alguns cuidados de segurança como:

  • Fazer sempre uma instalação limpa e básica do sistema para começar. Não adicionar nada que não seja realmente necessário para o projeto. Quanto mais coisas rodando em seu servidor, mais chances dele se tornar inseguro em algum momento.
  • Não ter bem definido o que precisa e o que não precisa estar público no servidor.
  • Deixar de criar um sistema de segurança para o seu servidor e quando digo isso não estou falando somente de um simples filtro de pacotes mas também de outros elementos que monitoram a integridade do sistema de arquivos, as tentativas de invasão, que executam ações de defesa e que nos avisam de que algo está acontecendo. A junção de todos esses elementos forma o que conhecemos como Firewall.
  • Não ter nenhum monitoramento do sistema como: serviços, atualizações, logs, etc.
  • Não fazer nenhuma atualização ou correção dos sistemas, deixando-os cheios de falhas e vulneráveis. Já ouviu falar sobre Portas de Amplificação DDoS? Elas surgem desses sistemas abandonados, mal configurados e também de dispositivos de Internet, que não tem atualização por parte do fabricante; que são também instalados incorretamente e ficando expostos na Internet.

Fazer tudo isso pode ser trabalhoso e cansativo quando administramos diversos servidores, mas neste artigo vou ajudar a simplificar um pouco a sua vida e trazer mais segurança para a sua Operação. Como sempre trabalhando com sistemas Debian GNU/Linux, estou trazendo aqui um shell script em bash que me ajuda na configuração básica de cada servidor, automatizando algumas tarefas e deixando meu ambiente praticamente pronto para o projeto.

O que o script faz

Esse script vai preparar o básico para o seu servidor, seja ele qual for, vai configurar todo o ambiente para que você tenha:

  • Configuração dos repositórios do Debian.
  • Configuração de ambiente como: hostname, prompt, lang, sysctl, irqbalance.
  • Instalação de algumas ferramentas úteis: neofetch, net-tools, nftables, htop, iotop, sipcalc, tcpdump, vim-nox, curl, gnupg, rsync, wget, host, dnsutils, mtr-tiny, bmon, sudo, expect, tmux, whois, ethtool, dnstop.
  • Configurar o timezone do sistema. Eu tenho sempre por preferência e quando posso, escolher o UTC.
  • Configurar o MSMTP para enviar as notificações de atualizações e logs do sistema via e-mail. Utilizo ele apenas quando o servidor sendo configurado não é um servidor de e-mail (MTA). Nesse caso ele tem essa função de enviar os e-mails. Por exemplo se você estiver montando um servidor Web, com o MSMTP o sistema pode enviar e-mails mais facilmente. Após a configuração, ele te envia um e-mail de teste para sabermos se está tudo OK com ele.
  • Desabilita o APPARMOR. Alguns programas podem necessitar de uma configuração mais aprofundada do APPARMOR para que funcionem 100%. Como é um item de segurança do sistema, no script você pode optar por não remove-lo.
  • Instala e configura o chrony para usar os servidores NTP/NTS do NIC.br. É importantíssimo que todo servidor tenha data e hora corretos.
  • Instala o iWatch para monitorar em real time o sistema de arquivos e te enviar notificações quando houver alguma mudança nesses locais: /bin, /sbin/ e /lib.
  • Instala o fail2ban habilitando pelo menos o monitoramento do ssh. Em caso de detecção o IP do atacante é colocado em blackhole via ip route e o sistema envia um e-mail sobre o incidente para o contato responsável do IP.