CGNAT na prática: mudanças entre as edições

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O '''Cliente''' nesse diagrama aparece conectado com o '''IPv4''' de CGNAT '''100.64.0.2''' e '''IPv6 2001:0db8:f18:0:a941:6164:1a79:c0f3'''. Todo o acesso IPv4 desse cliente e nesse exemplo, para a Internet, sairá com o IP '''198.18.0.0''' usando as portas entre '''5056''' e '''7071''', conforme mostraremos no script gerador de regras de CGNAT.
O '''Cliente''' nesse diagrama aparece conectado com o '''IPv4''' de CGNAT '''100.64.0.2''' e '''IPv6 2001:0db8:f18:0:a941:6164:1a79:c0f3'''. Todo o acesso IPv4 desse cliente e nesse exemplo, para a Internet, sairá com o IP '''198.18.0.0''' usando as portas entre '''5056''' e '''7071''', conforme mostraremos no script gerador de regras de CGNAT.
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Edição das 22h57min de 7 de maio de 2023

Objetivo

Com o esgotamento do IPv4 mundialmente, precisamos tomar algumas providências para que a Internet não pare. As que vejo de imediatas são: IPv6 e CGNAT (Carrier Grade NAT). O IPv6 é a real solução para os problemas de esgotamento e o CGNAT seria a "gambiarra" necessária para continuar com o IPv4 até que a Internet esteja 100% em IPv6. Nesse artigo será explicado como montar uma caixa CGNAT Determinística usando GNU/Linux e Mikrotik RouterOS. Esse artigo foi baseado no treinamento da Semana de Capacitação do NIC.br e que pode ser encontrado com o título CONCEITOS E IMPLEMENTAÇÃO DE CGNAT aqui como palestra e material de apoio e o vídeo de treinamento no Youtube aqui.

Diagrama

No BNG é configurado uma PBR (Policy Based Routing) onde apenas IPs do bloco 100.64.0.0/22 serão roteados diretamente para a caixa CGNAT. Qualquer IPv4 público ou IPv6, serão roteados diretamente para a Borda. Isso evita processamento e tráfego desnecessário na caixa CGNAT.

No diagrama ao lado a linha amarela simboliza o tráfego do bloco 100.64.0.0/22 indo para o CGNAT. A linha vermelha seria o tráfego já traduzido para um IP da rede 198.18.0.0/27 e encaminhado para a Borda. A linha verde é o tráfego mais limpo, sem "gambiarras" e o real objetivo que devemos seguir para uma Internet melhor usando IPv6.

A Borda é um equipamento onde podemos inserir algumas regras de filtros de pacotes stateless para filtrar alguns pacotes indesejados como por exemplo: determinados spoofings e BOGONs. Também onde serão feitas ACLs para filtros BGP. Ação 1 e 2 do MANRS.

O Cliente nesse diagrama aparece conectado com o IPv4 de CGNAT 100.64.0.2 e IPv6 2001:0db8:f18:0:a941:6164:1a79:c0f3. Todo o acesso IPv4 desse cliente e nesse exemplo, para a Internet, sairá com o IP 198.18.0.0 usando as portas entre 5056 e 7071, conforme mostraremos no script gerador de regras de CGNAT.














Hardware e Sistema que utilizaremos neste artigo

  • 2x Intel® Xeon® Silver 4215R Processor (3.20 GHz, 11M Cache, 8 núcleos/16 threads). Ambiente NUMA (non-uniform memory access).
  • 32Gb de ram.
  • 2x SSD 240 Gb RAID1.
  • 2x Interfaces de rede Intel XL710-QDA2 (2 portas de 40 Gbps).
  • GNU/Linux Debian 11 (Bullseye).

Vamos configurar um LACP com as duas portas de cada interface, para que possamos ter um backup, caso algum módulo apresente algum problema. Seu ambiente de produção pode ser diferente e por isso precisamos ter alguns cuidados na hora de montarmos o conjunto de hardware e não obtermos surpresas.

1º Verifique algumas especificações da interface de rede que será usada. Por exemplo a Intel XL710-QDA2:

  • 2 portas de 40 Gbps.
  • PCIe 3.0 x8 (8.0 GT/s).

Com essa informação seu equipamento não poderá possuir slots PCIe inferiores a esta especificação, caso contrário terá problemas de desempenho.

Você também precisa estar atento para as limitações de barramento por versão x lane (x1):

  • PCIe 1.0/1.1 - 2.5 GT/s - (8b/10b encoding) - 2 Gbps.
  • PCIe 2.0/2.1 - 5.0 GT/s - (8b/10b encoding)  - 4 Gbps.
  • PCIe 3.0/3.1 - 8.0 GT/s - (128b/130b encoding) - ~7,88 Gbps.
  • PCIe 4.0 - 16 GT/s - (128b/130b encoding) - ~15,76 Gbps.